domingo, 19 de outubro de 2008

O real e platônico amor juvenil.

Dois anos atrás, uma tarde ensolarada, uma professora e uma aluna, um exercício de português. "O que é amor platônico?". Essa é a pergunta que tem como justificativa todos os sentimentos que eu sinto nesse momento. Já perdi as contas de quantas vezes me peguei em pensamentos sonhadores, imaginando o dia em que eu deitaria na mesma cama que ele e deixaria tudo acontecer naturalmente. Aquele sentimento puro, aonde você só tem vontade de encontrar a pessoa e poder dizer tudo que sente, de declarar todo seu amor e devoção. E eu sonho com esse dia. Em que irei encontra-lo e dizer com todas as letras o tão verdadeiro 'Eu te amo'. O dia em que os lábios dele pousaram nos meus, e que faremos de um minuto uma eternidade. O dia em que terei um anel na mão esquerda, e o orgulho de dizer que sou casada com ele. E o principal de tudo, o prazer de poder ter realizado um sonho. Sonho que hoje é visto como motivo de zoação e brincadeira sem-graça. Mas que um dia será meu maior orgulho, será o meu amor, o meu Thiago Neves!

sábado, 11 de outubro de 2008

O lado frio de amar.

- É, ele está te traindo.

Foi ao som daquela voz familiar e amiga que eu desabei. Pude sentir meus olhos arderem, e logo em seguida lágrimas começaram a escorrer em minha face apressadamente. Lágrimas que tiravam de mim todos os sentimentos construídos até ali: amor, carinho, admiração, confiança, respeito... E que deixava de resto só à dor, o ressentimento, à mágoa.

Em minha mente pensamentos rancorosos pairavam. Mesmo sabendo que sentir ódio dos outros é o mesmo que tomar um copo de veneno e esperar que o outro morra.

Mas depois de longos um ano e dois meses eu cheguei a conclusão que na verdade a intensidade de tudo aquilo que eu senti não era culpa dele, e sim minha. Que idealizei mais do que devia, me entreguei, dei tudo de mim. Investi tudo que eu pude naquela relação. Que pra mim, naquela época, seria minha única. Achava eu que ele era o único capaz de me completar. Mas na verdade, no final das contas, a única pessoa que realmente pode nos completar, somos nós mesmos. Porque antes do amor pelo próximo, temos que ter o nosso amor-próprio.